Uma revista que se lê e que se vê
25
A mentira
Martin Jay
Bárbara Reis
Daisy Dixon
Myriam Rev. d’Allonnes
Peter Hill
António Bracinha Vieira
Kafka
Gianluca Cuozzo
António Guerreiro
Jacques Le Rider
Simon Critchley
João Penalva
Georgia O’Keefe
Corpo Moderno
Inteligência Artificial
Vania Baldi
Sevilha
Exaltação da Primavera
Verão 2024
Sobre esta edição

«Nunca se mentiu tanto como nos dias de hoje. Nem alguma vez se mentiu de uma maneira tão descarada, sistemática e constante.», escreveu o filósofo francês de origem russa Alexandre Koyré, durante a Segunda Guerra Mundial. Esta afirmação assume no nosso tempo uma nova e inesperada validade. A história da humanidade é inseparável da história da mentira, registando as suas formas e metamorfoses ao longo dos séculos e segundo os paradigmas de cada tempo e as suas práticas sociais, económicas, culturais e religiosas. “A mentira”, um tema ao mesmo tempo muito universal e muito contemporâneo, é o assunto do dossier central da Electra 25, que conta com contribuições que abordam a política, a arte e as imagens, o regime mediático da pós-verdade e as fake news, as etapas da história natural filogenética e a hegemonia da técnica. Sobre “A mentira” escrevem Martin Jay, Bárbara Reis, Daisy Dixon, Myriam Revault d’Allonnes, Peter Hill e António Bracinha Vieira.

Pelo centenário da morte de Franz Kafka, são publicados nesta edição três artigos sobre o escritor checo: um de Gianluca Cuozzo, sobre as representações da burocracia e do exercício do poder; outro de António Guerreiro centrado nas questões biográficas; e, por último, um artigo de Jacques Le Rider, sobre a condição bilingue de Kafka, a sua relação com as línguas alemã e checa, e o contexto histórico e linguístico de Praga.

Simon Critchley, um dos filósofos mais prolíficos e populares das últimas décadas, fala com a Electra sobre alguns dos temas que têm vindo a orientar o seu trabalho, desde o lugar da filosofia na sociedade contemporânea à desilusão com a democracia liberal, da importância cultural do futebol até ao desafio de uma escrita autobiográfica. O portfólio deste número é da autoria de João Penalva, um artista amplamente reconhecido pelos seus trabalhos de cruzamento do vídeo, da instalação, da fotografia, da música, da performance, do texto e da imagem, e que aqui apresenta uma série inédita de fotografias.

Na secção “Figura”, Anabela Becho, historiadora de moda, curadora e investigadora, mostra-nos como a grande pintora americana Georgia O’Keeffe fez da maneira como vestia o seu corpo uma afirmação como mulher e artista moderna. Numa nova secção da Electra, intitulada “Arca de Noé”, o sociólogo italiano Vania Baldi, elabora uma reflexão que contraria a crença ilimitada e a negligência ética em relação aos novos sistemas da Inteligência Artificial.

Ainda nesta edição, a jornalista Alexandra Prado Coelho e o professor de semiótica Gianfranco Marrone comentam uma afirmação provocadora do famoso e temido crítico gastronómico espanhol Rafael García Santos; Marta G. Franco faz-nos um relato da Semana Santa de Sevilha; o crítico de arte José Marmeleira escreve sobre um livro recente de Hal Foster, um dos mais importantes críticos e historiadores de arte norte-americanos, e António Guerreiro sobre a palavra “Comentador”.

A mentira
A mentira
O rosto e as máscaras da mentira
O rosto e as máscaras da mentira
A verdade sobre a mentira na política
A verdade sobre a mentira na política
Sentir a mentira na pele
Sentir a mentira na pele
A arte de mentir
A arte de mentir
Pós-verdade, mentira e mundo comum
Pós-verdade, mentira e mundo comum
Enciclopédia da mentira
Enciclopédia da mentira
Sobre a fronteira entre mentira e verdade
Sobre a fronteira entre mentira e verdade
Georgia O’Keeffe: corpo moderno
Georgia O’Keeffe: corpo moderno
Simon Critchley: «A ideia de que vivemos num mundo moderno é questionável.»
Simon Critchley: «A ideia de que vivemos num mundo moderno é questionável.»
Rafael García Santos: «O melhor restaurante, aquele que está a criar a gastronomia de hoje, é o McDonald’s.»
Rafael García Santos: «O melhor restaurante, aquele que está a criar a gastronomia de hoje, é o McDonald’s.»
Falamos de gastronomia ou de democratização?
Falamos de gastronomia ou de democratização?
Pós-gastromania
Pós-gastromania
K.
K.
Kafka e a crítica da burocracia
Kafka e a crítica da burocracia
Um abismo chamado Kafka
Um abismo chamado Kafka
Franz Kafka entre as línguas
Franz Kafka entre as línguas
Exaltação da Primavera em Sevilha
Exaltação da Primavera em Sevilha
João Penalva: A efémera linguagem da rua
João Penalva: A efémera linguagem da rua
Entre inconsciência artificial e Machina sapiens
Entre inconsciência artificial e Machina sapiens
Hal Foster: a barbárie positiva da arte
Hal Foster: a barbárie positiva da arte

A revista Electra regressa ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, para marcar presença na Feira do Livro, que decorre de 29 de Maio a 16 de Junho de 2024.

A Electra está presente na Feira de Arte Contemporânea ARCOlisboa 2024, que se realiza entre que se realiza entre 23 e 26 de Maio, na Cordoaria Nacional.

Em torno do tema central da edição 23 da revista Electra, “A atenção”, a Arpad Szenes - Vieira da Silva (FASVS) organiza, no seu auditório, uma conversa que irá decorrer na próxima quinta-feira, 4 de Abril, às 18h.

O escritor marroquino Abdellah Taïa, entrevistado na Electra 8, apresenta o seu livro Aquele que é digno de ser amado, no Instituto Francês de Portugal.