Primavera 2023
Edição 20
O gosto
Rosie Findlay
Aliocha Imhoff
Geoffroy de Lagasnerie
Maddalena Mazzocut-Mis
Rodrigo Pereira
Patrícia Portela
Kantuta Quirós
Filomena Silvano
Alfonso Berardinelli
Jonathan Crary
Valerio Olgiati
Maputo
António Cabrita
Günther Anders
Alireza Taghaboni
Arquitectura em Teerão
Annie Ernaux
Simonetta Greggio
Sobre esta edição

Neste número 20, a revista Electra assinala os seus cinco anos de vida. Nas muitas páginas destas edições, a Electra procurou, dando forma ao seu programa editorial, olhar o tempo e o mundo a que chamamos nossos com um olhar simultaneamente empenhado e distanciado, tentando captar as ideias, as tendências, as sensibilidades, as sabedorias, as mitologias que fazem mover ou demover a nossa época.

Esta nova edição da Electra tem como tema central “O gosto”. Neste dossier, as perguntas e as respostas sobre o gosto e o desgosto, o belo e o feio, o sublime e o vulgar, a moda e o que passou de moda, a massificação comunicacional e a mercantilização cultural desenham traços fundamentais do retrato em que o nosso tempo se apresenta e representa. Sobre este assunto são publicados ensaios e entrevistas de Rosie Findlay, António Guerreiro, Aliocha Imhoff, Geoffroy de Lagasnerie, Maddalena Mazzocut-Mis, Rodrigo Pereira, Patrícia Portela, Kantuta Quirós e Filomena Silvano, e imagens do reconhecido pintor alemão Albert Oehlen.

Na secção “Primeira Pessoa” são publicadas duas entrevistas: a Alfonso Berardinelli, em que o mais importante crítico literário italiano faz um diagnóstico cultural do nosso tempo, e a Jonathan Crary, historiador e teórico norte-americano, que nos fala sobre a era digital e a sua relação com a sustentabilidade do planeta e a  interdependência entre seres humanos.

Valerio Olgiati, reconhecido arquitecto suíço que se tem distinguido quer na prática da arquitectura, quer no pensamento sobre ela, é o autor do “Portfolio” do número 20 da Electra. Aí, apresentam-se imagens de alguns dos seus mais representativos projectos e, num diálogo entre gerações, escrevem três alunos da Accademia di Architettura di Mendrisio, onde Olgiati é actualmente professor.

Nesta edição de aniversário, a romancista e jornalista italiana Simonetta Greggio fala do contributo fundamental da obra e das posições públicas da escritora Annie Ernaux, Prémio Nobel da Literatura em 2022; o escritor António Cabrita, na secção “Vista de Delft”, lança sobre a cidade de Maputo, um olhar analítico e sofisticado; Alireza Taghaboni, um dos mais conhecidos arquitectos iranianos, fala-nos da arquitectura de Teerão, criada depois da Revolução Islâmica de 1979 e durante a guerra Irão-Iraque; António Guerreiro releva a redescoberta da obra de Günther Anders e a sua actualidade, neste nosso tempo da Inteligência Artificial, do pós-humano e do renascimento da ameaça nuclear; a realizadora e argumentista Rita Azevedo Gomes dá-nos um retrato pessoal da escritora Agustina Bessa-Luís; o poeta e tradutor Daniel Jonas escreve sobre a palavra “nómada”.

Alfonso Berardinelli: «O problema da cultura actual é que não tolera a existência da crítica.»
Alfonso Berardinelli: «O problema da cultura actual é que não tolera a existência da crítica.»
Valerio Olgiati: a experiência da arquitectura
Valerio Olgiati: a experiência da arquitectura
Maputo, a cidade das acácias: um relance
Maputo, a cidade das acácias: um relance
O gosto
O gosto
O Kitsch e outras declinações do mau gosto
O Kitsch e outras declinações do mau gosto
As oscilações do gosto na Encyclopédie
As oscilações do gosto na Encyclopédie
O modo melodramático
O modo melodramático
O gosto pela teoria
O gosto pela teoria
O perfume da gloriosa recompensa
O perfume da gloriosa recompensa
Aliocha Imhoff e Kantuta Quirós: O curador enquanto autor e cenógrafo
Aliocha Imhoff e Kantuta Quirós: O curador enquanto autor e cenógrafo
O papel do Estado na formação do gosto
O papel do Estado na formação do gosto
Gosto, moda e ansiedade
Gosto, moda e ansiedade
Jonathan Crary: práticas de recusa radical
Jonathan Crary: práticas de recusa radical
Arquitectura entre desejo e prática: Teerão pós-revolução
Arquitectura entre desejo e prática: Teerão pós-revolução
Günther Anders, profeta do século XXI
Günther Anders, profeta do século XXI
Annie Ernaux: «A época em que eu era uma jovem ficou-me na memória como a época das coisas sem nome. São terríveis, essas coisas sem nome.»*
Annie Ernaux: «A época em que eu era uma jovem ficou-me na memória como a época das coisas sem nome. São terríveis, essas coisas sem nome.»*
Ausência imperfeita, Agustina
Ausência imperfeita, Agustina