A Electra é uma revista internacional de pensamento e cultura contemporânea. Interroga o espírito do tempo que vivemos e pensa a sua complexidade e os seus sintomas: as ideias, as tendências e os impulsos que fazem mover a nossa época.
Com edição trimestral em português e inglês (em cada estação do ano), a Electra promove o diálogo entre vários domínios do conhecimento, diversas formas de criação, diferentes geografias culturais e distintas experiências do mundo. É uma revista que pensa, procura, pergunta, propõe. E que acolhe, avalia, regista, dá a conhecer.
Os textos publicados são originais inéditos e os colaboradores são escolhidos pela consistência do pensamento e a originalidade autoral das suas obras, pesquisas, hipóteses, criações e vozes.
Como revista de cultura contemporânea impressa em papel, a Electra dá especial valor à edição visual, com destaque para a escolha dos artistas, das imagens, dos suportes físicos e do design gráfico.
É publicada, desde 2018, pela Fundação EDP, com o objectivo de “antecipar-se ao futuro, lançando ao presente um olhar livre, criativo e atento”.
Feita de ideias e palavras, a Electra é também feita de imagens que se olham e que dão à revista uma imagem que se vê. Essas imagens estabelecem, em cada número, em cada secção e em cada texto, uma relação forma-conteúdo, em diálogo visual com o programa gráfico da revista. Na secção Portfólio, a importância dada às imagens artísticas funda-se na certeza de que a arte contemporânea pensa e revela o nosso tempo, espelhos mútuos um do outro e das suas transformações contínuas.
Pelo seu perfil intelectual e físico, pela permanência dos temas e o aprofundamento do pensamento sobre eles, a Electra é uma revista que pode ser um livro. É também um arquivo para memória futura e, por isso, pede para ser coleccionada. Nela, as secções Registo, Figura, Passagens e Obras Escolhidas são, em cada número, índices já presentes desse arquivo futuro.
Em cada edição, um grande dossier, o Assunto, pensa um tópico que nos permite ir traçando o mapa do nosso tempo. E leva-nos também a tentar desenhar o seu rosto mutável. Na secção Diagonal, o contraste torna mais nítidos os pensamentos e os argumentos que os sustentam. Com a colaboração de autores com obra feita e provas dadas no estudo dos temas em questão (e não na mera opinião sobre eles), estas secções mostram que a Electra é uma revista que quer pensar e que dá que pensar.
O Editorial e o Dicionário das Ideias Feitas são exemplos de secções em que a revista se pensa a si-mesma, pensando as ideias, as palavras e as imagens que a constroem. Aí, dizemos o que sabemos para sabermos o que dizemos.
Como objecto, é uma revista que não se pode perder. E não a perder dá-nos um fio condutor que passa de um número para o outro, simbolizado, por exemplo, pela secção Folhetim. Representa o acesso a novidades que estão em secções onde se revelam inéditos, como no Furo, ou a diários pessoais, como no Livro de Horas, ou a entrevistas de fundo, como na Primeira Pessoa, em que uma voz se ouve a dizer o que faz falta ouvir.
No espaço do nosso tempo, feito de particularismos e de universalismos, os temas urbanos são fundamentais e podem ser seguidos na secção Metropolitano. Na Vista de Delft, há uma cidade que vem ao nosso encontro, com a suas evidências e os seus segredos trazida por quem a conhece ou a descobre, por quem a ama ou odeia. A Electra tem também o propósito de estar em lugares ou junto das pessoas onde a vida e a morte acontecem, fazendo disso uma Reportagem. Com colaboradores de muitas geografias, como as suas biografias mostram, a Electra reconhece no cosmopolitismo (com as suas contradições e negações) um dos motores da contemporaneidade.