Outono 2021
Edição 14
Sobre Arte Contemporânea
Camille de Toledo
Yves Michaud
Paul Werner
Jovan Mrvaljevic
Gregory Sholette
Entrevista: Didier Eribon
Viviane Sassen
Octavio Paz
Robert Musil
Baudelaire
Gaëtan
Porto
Sobre esta edição

"As mudanças culturais e económicas transformaram a própria Arte, que passou a estar integrada nas actividades económicas, turísticas, culturais e mundanas às quais comunica o seu valor." escreve Yves Michaud em “Sobre Arte Contemporânea”, o dossier da Electra 14. Partindo de uma perspectiva que é a da crítica e a da sociologia e economia da arte, este dossier contempla as questões estéticas e as formas artísticas, mas também o funcionamento desse sistema e as suas determinações. Estes vários e polémicos aspectos da arte contemporânea são abordados, no Editorial, por José Manuel dos Santos e António Soares, e, na secção Assunto, por Camille de Toledo, Yves Michaud, António Guerreiro, Paul Werner, Jovan Mrvaljevic e Gregory Sholette.

O filósofo francês Didier Eribon é o entrevistado desta edição de Electra e fala-nos do seu livro autobiográfico Regresso a Reims, mas também de temas como o determinismo social, estudo dos géneros, o estado da política; e de figuras como Michel Foucault, Georges Dumézil, Hervé Guibert, Claude Lévi-Strauss, Annie Ernaux.

A fotógrafa neerlandesa Viviane Sassen preparou para o Portfolio deste número um conjunto de imagens recentes e inéditas, que mostram simultaneamente o que, ao longo da sua carreira, a singularizou como artista e a actual fase da sua criação visual. Este trabalho é acompanhado por um ensaio da curadora e escritora Josseline Black.

Na Electra 14 o ensaísta e curador Juan Manuel Bonet, antigo director do Museu Reina Sofia, analisa os escritos sobre arte do poeta Octavio Paz, Prémio Nobel da Literatura; o filósofo italiano Dario Gentili, comenta uma frase de Robert Musil, retirada de O Homem sem Qualidades; no bicentenário do nascimento de Baudelaire, Ana Rocha, crítica de música e investigadora, evoca o poeta de As Flores do Mal na sua relação com a música de Wagner; Carla Baptista e Paulo Pena discutem o jornalismo político e a relação dos jornalistas com o antigo presidente norte-americano Donald Trump; e o escritor Rui Manuel Amaral descreve a cidade do Porto, a real e a imaginária.

Ainda nesta edição, o arquitecto e editor espanhol Moisés Puente analisa uma nova forma de entender a arquitectura construída a partir das imagens e da fotografia de arquitectura; a historiadora de arte Gillian Sneed escreve sobre a obra do artista português Gaëtan a partir das metodologias críticas da teoria queer; a curadora Julia Albani faz-nos um relato da 17.ª edição da Bienal de Arquitectura de Veneza; o ensaísta João Oliveira Duarte fala-nos de Todos os poemas de Hölderlin e o diplomata Bernardo Futscher Pereira da palavra “bazuca”.

Sobre Arte Contemporânea
Sobre Arte Contemporânea
Camille de Toledo: «O que tem sentido é olhar o contemporâneo do futuro»
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A Grande Arte nas suas Zonas Estéticas Protegidas
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A arte sob a condição do presente
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O mundo reencantado
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As esferas do «mundo da arte»
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A febre dos NFT: será agora o momento para a Grande Recusa 2.0?
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«Pois eu acho que todo o progresso é também um retrocesso...»*
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As bacantes de Baudelaire
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Didier Eribon: «Somos todos submetidos a veredictos sociais»
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O jornalismo e os media em tempos adversos
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O efeito Trump no jornalismo americano
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Os media, essa fábrica de ansiedades e consensos
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A construção de uma imagem
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Octavio Paz, um poeta perante a arte
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Viviane Sassen: Género, dissecação e flores
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Porto. Passado e presente
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Estados de fuga: o queering de Gaëtan
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Escrutinar a convivência…
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