Nascida em Córdoba, María Sánchez é escritora e veterinária. Estes dois ofícios são, nela, uma aliança cheia de conjugações e surpresas. Neste seu diário, os dias são atravessados por procuras e encontros. Nele, María fala de casas e de viagens, de livros e de animais, de flores e de frutos, do Sol e da chuva, do corpo e da escrita, de terras e de mulheres, de amor e de amizade. «Ontem à noite, jantei com a Sofía e a Paola. Estávamos cansadas. Falávamos de como os dias se vão sucedendo, da velocidade com que as coisas acontecem e do ritmo a que o nosso corpo anda. Os sinais aparecem, é preciso parar, não fazer nada.» E assim se vê, nesta passagem do «Livro de Horas» que destinou à Electra, como o tempo é aquilo que soubermos fazer dele.