Falar, de novo, do novo é pedir ao tempo que nos dê as palavras com que ele se torna outro — ou com que se nos mostra diferente no seu fluxo, entregando-nos os signos que poderiam dizer como Arthur Rimbaud: «Je est un autre.» É nesse movimento de mudança, ruptura, revolução, heresia, revelação, que os verbos, com os seus tempos, passam do passado ao futuro e que os nomes, com os seus poderes, nomeiam o que está a nascer, a emergir, a romper, a mostrar-se, a dizer-se.