Quem está, neste momento, a ler as palavras e a ver as imagens deste Editorial sabe que chegou a elas porque, no presente ou no passado, a sua atenção foi atraída para a Electra. Num mundo-evento saturado de signos (linguísticos, acústicos, visuais) e de ícones, de significantes e de contínuos fluxos de informação, de seduções e de solicitações, de apelos e de convites, de dependências tecnológicas e de compulsões mediáticas, a sua atenção foi disputada entre a Electra e muitas outras coisas que, todos os dias, a todas as horas, a todos os minutos, pedem, reclamam ou exigem atenção. Ao decidir dar atenção à nossa revista, o leitor fez uma escolha que representa vontade, tempo, disposição, interesse e investimento. É nessa altura que a atenção se torna tensão, tentação, intenção.