O escritor mexicano Octavio Paz recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1990. Grande poeta, ensaísta e crítico, é autor de uma obra onde tudo parece estar presente: a literatura e a linguística, a filosofia e a história, a política e a geopolítica, a psicologia e a sociologia, a antropologia e as artes visuais. Para ele, a cultura revela este mundo e cria outros mundos. Os escritos de Paz sobre arte e artistas são muitos e muito originais. Neles, as palavras procuram as imagens e as imagens encontram as palavras. Juan Manuel Bonet analisa-os, neste ensaio escrito para a Electra, estabelecendo um inventário e mostrando-se «rigoroso como um geómetra e lúcido como um poeta». Apresenta assim, da figura de Paz, uma face menos conhecida. Bonet é um dos mais destacados intelectuais espanhóis: poeta, ensaísta, crítico de arte, curador. Foi director do Instituto Valenciano de Arte Moderna (IVAM), do Museu Reina Sofía e do Instituto Cervantes. Tem uma reconhecida obra publicada, sendo autor do monumental Diccionario de las vanguardias en España (1907–1936).