O maior prémio da literatura em língua portuguesa foi atribuído este ano ao ensaísta, tradutor e crítico literário João Barrento, colaborador da revista Electra.
No anúncio feito pelo ministério da Cultura português é destacada a sua “obra relevante e singular em que avultam o ensaio e a tradução literária. Em particular, as suas traduções de literatura de língua alemã, que vão da idade média à época contemporânea, e em todos os géneros literários, formam o mais consistente corpo de traduções literárias do nosso património cultural e constituem indubitavelmente um meio de enriquecimento da língua e de difusão em português das grandes obras da literatura mundial".
O vencedor da 35.ª edição do Prémio Camões publicou na edição 9 da Electra, um texto intitulado “The whole man must move at once… ou ética e estética são inseparáveis?” onde afirma que a grande literatura foi sempre objecto de escândalo e que não conhece limites. A Electra regressa a este tema da relação entre o autor e a obra, a moral da obra e a moral do autor, no dossier da edição 22.
Em edições anteriores, o prémio, instituído pelos governos de Portugal e do Brasil e que tem o valor de 100 mil euros, foi atribuído a autores como Chico Buarque (Brasil), Mia Couto (Moçambique), António Lobo Antunes (Portugal), Agustina Bessa-Luís (Portugal), Maria Velho da Costa (Portugal), Eugénio de Andrade (Portugal), Pepetela (Angola), Sophia de Mello Breyner Andresen (Portugal), Eduardo Lourenço (Portugal), José Saramago (Portugal), Jorge Amado (Brasil), Vergílio Ferreira (Portugal), e Silviano Santiago (Brasil) autor que também colaborou com a Electra, nas suas edições 8 e 9.