Qual a relação entre o museu convencional e a apresentação convencional da arte no museu e a Internet, no seio da qual a arte é produzida e distribuída? Este foi o tema central da conferência "A Arte na época da Internet", apresentada por Boris Groys, na Central Tejo, no dia 17 de março de 2018.
O filósofo, crítico de arte e teórico dos media, é entrevistado na primeira edição da revista e esteve em Lisboa a convite da Fundação EDP, no evento de lançamento da revista Electra, que contou com a presença de cerca de 300 convidados.
Segundo Groys, existem atualmente dois canais através dos quais a produção artística é distribuída: o mercado de arte e a Internet. No primeiro, os artistas agem como produtores de imagens e de objetos - de obras de arte. Na Internet, os artistas assumem o papel de 'produtores de conteúdos'. E este contexto traduz-se numa "mudança assinalável no destino da arte", sublinhou o filósofo, que acentua a relevância que os museus assumem nesta nova era.