Figura
Yvonne Daumerie: «Sou futurista histórica.»
Veronica Stigger

Não há história da cultura moderna e contemporânea do Brasil, sem haver nela um lugar insubstituível para a Semana de Arte Moderna (São Paulo, 1922). E foi nesse acontecimento determinante, polémico e agitado, que actuou Yvonne Daumerie, bailarina, coreógrafa, cantora, compositora, instrumentista, declamadora, professora. É desta «multi-artista» e da sua passagem quase esquecida e ignorada pelo mundo, que nos fala a curadora, escritora e crítica brasileira Veronica Stigger. Trazendo para o presente os vestígios da sua existência no passado, é como se Veronica quisesse tornar visível um fantasma e a sua dança apagada pelo tempo.