Diagonal
Liberdade ilimitada
Os grandes livros não são amados. Os seus autores ainda menos, à partida. Os grandes escritores não são amados. Os seus livros ainda menos, depois. Sobre os primeiros pesa sempre a suspeita de que revelam uma liberdade demasiado grande. Sobre os segundos, a suspeita de que são eles quem se permite uma tal liberdade. Uma liberdade que, tanto para uns como para outros, livros e autores, jamais será suficiente. O que permite explorar todas as possibilidades da própria liberdade. É isso que assusta (que produz «hostilidades », diz Bernhard).
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