Livro de Horas
O sentido é uma invenção do dê-mo!
Lula Pena

Neste diário da cantora e compositora Lula Pena, a reinvenção das palavras («Não encontrei o que queria no dicionário…») é uma condição para a reinvenção do tempo («Por vezes é dia de muito e véspera de absolutamente nada»). Num estilo que se vai olhando enquanto se constrói, o texto faz-se de sons e de imagens («Dos vestígios gráficos e fonográficos»). «Os sons são lançados na aventura do escrito e na sua exploração oral, nas suas possíveis escutas», diz a autora. É por isso que este «Livro de Horas» é um livro em que as horas são o tabuleiro de um jogo em que só ganha quem nele apostar tudo o que é.