Figura
Joaquim Pinto: o homem e a obra por caminhos de uma altíssima pobreza
António Guerreiro com Diogo Vaz Pinto

A importância de Joaquim Pinto não se mede apenas pelos filmes que realizou, desde 1988, sozinho ou com Nuno Leonel, nem pelos que produziu. Ele introduziu no cinema português uma qualidade sonora que lhe faltava. E o seu percurso artístico e técnico é determinado pela experiência extrema de um corpo em luta contra hóspedes assassinos, narrada em tom íntimo e auto-reflexivo no seu último filme, a convidar-nos a procurar para além dessa matéria autobiográfica e para além da obra um retrato possível do homem.