Diagonal
Trópico e fronteira: Duas visões do Brasil
Luiz Feldman

A amizade entre o sociólogo Gilberto Freyre e o historiador Sérgio Buarque de Holanda encontrou correspondência nas obras com que cada um tentou pensar o Brasil a partir da noção de trópico e do excepcionalismo lusitano, respectivamente Casa-grande & senzala (1933) e Raízes do Brasil (1936). Mas depois, o segundo desvia-se completamente dessa maneira de pensar o espaço brasileiro e, com a noção de fronteira, entra em rivalidade duradoura com o seu amigo. A essa divergência devemos duas visões distintas do Brasil, aqui analisadas e postas em confronto por Luiz Feldman, diplomata brasileiro e autor de Clássico por amadurecimento: estudos sobre Raízes do Brasil.