Berlim, essa cidade-palimpsesto, grande metrópole e laboratório da modernidade, onde a história alemã ostenta o seu lado mais trágico, foi construída e reconstruída na literatura, no cinema, no teatro, por grandes escritores, grandes cineastas, grandes dramaturgos. Aqui, é o poeta e ensaísta alemão, o mais consagrado da geração pós-Muro, Durs Grünbein, que se coloca à altura das grandes representações literárias de Berlim para descrever a cidade que «ressuscita uma e outra vez dos seus escombros».