Um dos maiores especialistas mundiais em história e teoria dos media, em artes visuais e literatura desde o século XVIII até ao presente, W. J. T. Mitchell é professor de Inglês e História da Arte na Universidade de Chicago. Foi editor da Critical Inquiry (1978–2020), uma das principais revistas de teoria crítica nas artes e humanidades do último meio século, e escreveu alguns dos livros mais lidos e marcantes sobre o papel complexo e conturbado das imagens no mundo contemporâneo, como Iconology (1986), Picture Theory (1994), What do Pictures Want? (2005) ou Image Science (2015). Mais recentemente, publicou um comovente livro de memórias sobre a luta do seu filho contra uma doença psiquiátrica, Mental Traveller (2020), e aquele que vinha sendo um crescente interesse académico por ideias de loucura, insanidade, media e cultura visual acaba de culminar na nova monografia Seeing Through Madness (2025).
Acabado de chegar a Lucca, em Itália, para uma estada académica, após proferir uma série de palestras em Pequim, assistidas em directo por milhares de pessoas em todo o mundo, W. J. T. Mitchell conversa com a Electra sobre os desafios colocados pelas máquinas digitais e a Inteligência Artificial nos dias de hoje, bem como sobre o papel da cultura visual numa era politicamente explosiva, e porque deveríamos estar mais atentos à intersecção entre a loucura e a visão.



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