Um dos nossos preconceitos mais manipulados é o facto de termos uma tendência natural para acolher informação negativa. E isso obedece a um critério evolutivo. As informações negativas são normalmente mais urgentes, chegando mesmo a constituir uma ameaça à nossa vida: era fundamental prestarmos atenção aos nossos companheiros de caverna quando nos avisavam de que havia um tigre-dentes-de-sabre à espreita (e quem os ignorasse deixaria de fazer parte do património genético humano). A selecção natural fez de nós seres instintivamente preocupados.
Os nossos cérebros processam as informações negativas de forma distinta e armazenam-nas com maior acessibilidade, como demonstram as inúmeras experiências que monitorizam a actividade eléctrica no cérebro humano. Reagimos com mais intensidade a imagens negativas, como as de rostos mutilados ou de gatos mortos, e processamo-las de modo variável em diferentes áreas do cérebro.
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